traulitadas @ 14:14

Qua, 23/11/05

Confesso que há dias que me apetece viajar, viajar e viajar.......não me perguntem para onde porque isso não interessa....apetece-me o ponto final.

Confesso que há dias em que me custa acordar......não me perguntem porquê porque isso não interessa.....custa-me e ponto final.

Confesso que há dias que me não me apetece trabalhar, mas também não me apetece fazer mais nada.....não perguntem porque também não sei responder...não me apetece e ponto final.

Confesso que há dias que não tenho paciência nenhuma para ninguém.....não me perguntem porque não estou com paciência para responder...... não tenho paciência e ponto final.

Confesso que não entendo 90% do que se passa no mundo......mas como não tenho paciência para responder .....não me perguntem e ponto final


Confesso que não fazia a minima ideia no que ia dar este post.... não me perguntem porquê.....porque como já disse não fazia a minima ideia e ponto final.

Confesso que não faço a minima ideia o porquê de escrever o " não me perguntem".....porque a mim ninguém me pergunta nada e quando me perguntam não estou com paciência para responder e ponto final.

Confesso que não sei para que serve o "Traulitar" no fim dos post's, se ninguém Traulita comigo....não sei e ponto final. Quer dizer saber até que sei mas como não estou com paciência não adianta pensar e escrever sobre o assunto. Talvez quando o "Traulitadas" fizer 6 meses (ou se não tiver paciência quando fizer 1 ano) de vida me debruçe, tentando não adormeçer, sobre o assunto.



traulitadas @ 15:51

Seg, 14/11/05

twinpeaks.jpg
Quem matou Laura Palmer???



traulitadas @ 10:47

Seg, 14/11/05

...Confinadas ao futuro certo da permanência daquele espaço, despreocupadas produzem o que a natureza lhes destinou, sem perguntas, sem resistência aceitam o seu desígnio...


Ao terceiro e ultimo dia o regresso.


Depois de breves mas interessantes passagens por lugares emblemáticos da antiguidade o regresso é agora iminente.


Tudo está preparado, aliás pouco há a preparar, este foi o pressuposto de uma pequena viagem ao deserto.


A despedida ao Sahara é feita ainda o sol não nasceu. Se no dia anterior tinha sido belo ver o ocaso, que dizer então do nascer do sol em pleno deserto…


Para este dia estava marcada um raid em jipe pelo deserto, por caminhos estranhos diziam. O motorista estava á nossa espera. O som “daquela” música já era audível. Ao início era divertido, mas passadas algumas horas de agradável passou a massacrante onde a única pessoa que se divertia e cantarolava era o motorista.


Por caminhos difíceis, tivemos o prazer da companhia de um casal espanhol que durante 6 horas de viagem teve a amabilidade de dizer bom dia e pouco mais ( num te intiendo – diziam eles), mas tudo bem; adiante.


Fosse qual fosse o ponto de paragem e de visita, havia sempre alguém a vender qualquer coisa. De todos os artefactos e pedras o que mais me fascinou foi a “Rosa do Deserto”.


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Uma pedra estranha, mas com uma beleza “sui generis”, de tamanhos, pesos variados mais ou menos floridas; sem duvida uma recordação do deserto.


No meio do nada um lago salgado, um local onde se extrai o sal, único aquele lugar onde as cores se misturam em cristais belos e efémeros.


Ao longe avista-se o que resta de uma povoação em tempos dizimada pelas cheias!!! Estranho este lugar!!!


Mais á frente uma lixeira!!! Resíduos de uma fábrica fertilizantes…. Isto tudo no meio do deserto…


Por fim um oásis de montanha. Um local onde em tempos o mar deixou os seus vestígios, conchas dos mais variados feitios ali impregnadas nas rochas “lamacentas” ressequidas pelo calor.


Estava perto do fim a viagem, sem no entanto que as surpresas acabassem. Ali onde um episódio da saga “Guerra das Estrelas” tinha sido rodado uma paragem para retemperar forças e descansar a coluna de uma viagem efectuada aos solavancos, um local para tomar um chá de menta bem quentinho. E que bem sabe um chá quentinho no meio do deserto, já para não falar da aguardente de figo…


Até sempre Sahara, um dia voltaremos a visitar-te…




traulitadas @ 12:06

Qui, 03/11/05

A água estava quente, as bolachas em cima da mesa num prato florido próprio para a ocasião.
Era sempre assim quando recebiam visitas. Mas naquele dia Paulo e Joana estavam mais preocupados com o que iriam receber do que tudo aquilo que poderiam oferecer.
Por aqueles meses anteriores aquela família tinha sido colocada à prova em toda a sua essência. Toda a estrutura familiar tinha sido abalada por noticias não muito agradáveis, as noticias que tinham recebido não eram de todo agradáveis.
Paulo no seu estilo mais contido faziam um enorme esforço no sentido da manutenção do equilíbrio emocional familiar.
Joana por sua vez, impulsiva e decidida mas inconstante e de forma fácil deixava que o desespero tomasse conta dela, não reagindo com a calma e clarividência necessárias para a boa solução dos seus tormentos.
Tudo se precipitava para aquela visita que poderia mudar o rumo das suas vidas. O nervosismo era por demais evidente; disso era prova o silêncio constrangedor que por aquelas paredes se fazia sentir. Toda a alteração à quietude era sentida como um percalço que poderia alterar a ordem das coisas tão pormenorizadamente planeadas. Nada podia falhar.
Lá fora a chuva fazia-se sentir de forma constante e inquietante. Era suposto que fosse verão mas naquele dia estava a chover. Bom sinal pensava Paulo que via naquela alteração à ordem normal das coisas um sinal de mudança. Mau sinal pensava Joana pela razão inversa.
A dualidade de espíritos os inquietava; era importante que todas as sinergias estivessem canalizadas em prol do seu objectivo.
A hora aproximava-se de forma lenta e agoniante, os minutos pareciam dias. A impaciência passava a ser o sentimento dominante.
Onde moravam o movimento rodoviário era diminuto, logo seria fácil detectar a chegada da visita. O silencio imperava dentro e fora da casa. Joana faz uma ronda rápida pela casa verificando se tudo está em ordem, na ordem normal das coisas.
Paulo mantém-se sossegado, na esperança de que o destino lhes tenha guardado uma boa notícia para aquele dia. E assim ficou até à hora marcada.


Porque nem sempre tudo tem que fazer sentido!!!
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