...Confinadas ao futuro certo da permanência daquele espaço, despreocupadas produzem o que a natureza lhes destinou, sem perguntas, sem resistência aceitam o seu desígnio...
Ao terceiro e ultimo dia o regresso.
Depois de breves mas interessantes passagens por lugares emblemáticos da antiguidade o regresso é agora iminente.
Tudo está preparado, aliás pouco há a preparar, este foi o pressuposto de uma pequena viagem ao deserto.
A despedida ao Sahara é feita ainda o sol não nasceu. Se no dia anterior tinha sido belo ver o ocaso, que dizer então do nascer do sol em pleno deserto
Para este dia estava marcada um raid em jipe pelo deserto, por caminhos estranhos diziam. O motorista estava á nossa espera. O som daquela música já era audível. Ao início era divertido, mas passadas algumas horas de agradável passou a massacrante onde a única pessoa que se divertia e cantarolava era o motorista.
Por caminhos difíceis, tivemos o prazer da companhia de um casal espanhol que durante 6 horas de viagem teve a amabilidade de dizer bom dia e pouco mais ( num te intiendo diziam eles), mas tudo bem; adiante.
Fosse qual fosse o ponto de paragem e de visita, havia sempre alguém a vender qualquer coisa. De todos os artefactos e pedras o que mais me fascinou foi a Rosa do Deserto.
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Uma pedra estranha, mas com uma beleza sui generis, de tamanhos, pesos variados mais ou menos floridas; sem duvida uma recordação do deserto.
No meio do nada um lago salgado, um local onde se extrai o sal, único aquele lugar onde as cores se misturam em cristais belos e efémeros.
Ao longe avista-se o que resta de uma povoação em tempos dizimada pelas cheias!!! Estranho este lugar!!!
Mais á frente uma lixeira!!! Resíduos de uma fábrica fertilizantes . Isto tudo no meio do deserto
Por fim um oásis de montanha. Um local onde em tempos o mar deixou os seus vestígios, conchas dos mais variados feitios ali impregnadas nas rochas lamacentas ressequidas pelo calor.
Estava perto do fim a viagem, sem no entanto que as surpresas acabassem. Ali onde um episódio da saga Guerra das Estrelas tinha sido rodado uma paragem para retemperar forças e descansar a coluna de uma viagem efectuada aos solavancos, um local para tomar um chá de menta bem quentinho. E que bem sabe um chá quentinho no meio do deserto, já para não falar da aguardente de figo
Até sempre Sahara, um dia voltaremos a visitar-te